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17/02/2017

Debate 88: Devemos nos parecer com o mundo para atrair os perdidos?

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Debate 88: Devemos nos parecer com o mundo para atrair os perdidos?

O mundo moderno é o mundo dos nichos. Nunca a população mundial teve uma capacidade tão grande de se dividir em grupos cada vez mais específicos. Hoje, nossa identidade passa, obrigatoriamente, pela descrição de algum grupo do qual fazemos parte. Os nichos definem nosso modo de vida. Sociólogos gostam de se utilizar da expressão tribo, para especificar grupos urbanos. Geralmente, a divisão em grupos é mais forte na juventude. Temos que perceber em qual tribo ele se encaixa: grafiteiros, punks, góticos, funks, torcedores, evangélicos, roqueiros, rappers e por aí vai.

Infelizmente no meio cristão ainda existe preconceito ou medo do diferente; medo de se aproximar, talvez por não saber exatamente onde começar o diálogo com pessoas que não lhes são comuns. E infelizmente, estes fatores têm prejudicado o avanço da igreja com relação a missões urbanas.

O apóstolo Paulo foi um grande divulgador dos ensinamentos de Deus pelo mundo. E no texto da primeira carta aos coríntios ele destaca que estava aberto para conversar com as pessoas da maneira como elas eram. “fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse eu debaixo da lei (embora debaixo da lei não esteja), para ganhar os que estão debaixo da lei.” Paulo tinha um propósito claro para seu ministério e esse propósito se posicionava dentro do propósito maior de deus: alcançar tanto judeus quanto gentios com a mensagem do evangelho. 

 

Em contrapartida, a bíblia, por diversas vezes, nos apresenta como separados, escolhidos, diferentes do mundo. Mas como nós, que já conhecemos a palavra de Deus, que somos a luz do mundo, podemos conquistar pessoas para Jesus? Devemos nos parecer com o mundo para atrair os perdidos? Ou eles sentirão vontade de conhecer a Cristo, justamente por sermos diferentes? Será que um jovem sentiria vontade de vir para Jesus, vendo alguém que é o oposto de tudo que ele faz ou gosta? Como encontrar o equilibrio nesta situação?