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29/07/2016

Debate 88: Fanatismo religioso

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Debate 88: Fanatismo religioso

Quando se fala nos perigos do fanatismo religioso, muitas vezes o que vem à mente são guerras e atentados terroristas. Mas a verdade é que há um sem-número de desastres privados causados pela fé cega.

Em 11 de setembro de 2001, aconteceu o maior atentado terrorista da história: o ataque às torres gêmeas, em Nova York. O mundo ficou chocado pelo caráter grandioso e sanguinário do ato, que provocou a morte de cerca de três mil pessoas. A crença fanática em determinada religião foi o que resultou neste atentado e, inclusive, a morte dessas pessoas se tornou motivo de comemoração. Aliás, o fanatismo religioso, em particular de algumas seitas islâmicas, está constantemente no noticiário. Há muito tempo o fanatismo tem gerado muitas ações violentas em todo o mundo.

Só neste mês de julho, mais de 40 pessoas morreram em atentados nas grandes capitais do mundo e mais 130 pessoas ficaram feridas. São diversos os ataques que ocorrem mundo afora. Contudo, fanatismo religioso não é coisa de países do oriente médio. Em qualquer religião podemos encontrar pessoas que levam à risca todos os ensinamentos, ainda que lhes custe a própria vida. Até no cristianismo.

Sabemos que Deus nos manda levar a palavra a toda criatura, mas algumas pessoas parecem confundir esta instrução. Pregar o evangelho é tornar o nome de Jesus conhecido, não significa obrigar a todos a pensarem como pensamos. Ainda, muitos ensinamentos que a bíblia nos dá, tão comuns para nós, são vistos como verdadeiros absurdos por quem não partilha a mesma fé. Dar o dízimo, não ter relações sexuais até o casamento, a submissão das mulheres aos maridos, por exemplo, são instruções consideradas extremas, que muitos discordam.

Há quem não coma carne de porco, porque em levítico há esta instrução. Outros não fazem refeições junto a pessoas que não creem em Deus, porque a Bíblia ensina que com estes nem comais. Outros proíbem a mulher de falar em público ou de possuir algum cargo de destaque, mesmo na igreja, porque Paulo diz que isto é vergonhoso, em I Coríntios 14.

Muitos outros textos são seguidos de maneira cega.  A Bíblia é, sim, nosso manual de instruções. Por causa disto, devemos segui-la a todo custo, ao pé da letra, ou é preciso entender que havia um contexto histórico e cultural para muitas daquelas instruções?