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01/12/2021

DEBATE 88: Uma conversa sobre a morte

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DEBATE 88: Uma conversa sobre a morte

Debate 88 (03/12): Uma conversa sobre a morte

Para a maior parte dos contratempos, a cultura oferece solução. Do que se quebra há conserto, o que adoece se trata… não para a morte. Quanto a esta, nada pôde ser criado além de modos de se conformar.

Psicologicamente, trabalhamos para esquecer que morremos. Mas vivemos rodeados pela morte. Sabemos no fundo, que ela está sempre à espreita. Existe a história de que o ciclo natural da vida, são os filhos enterrarem seus pais, mas para muitas famílias, não é isso o que aconteceu.

Há dois anos, temos convivido quase diariamente com notícias da morte de algum conhecido próximo ou familiar em decorrência da COVID-19. A despeito da quase onipresença da morte, geralmente fugimos desse assunto. Alguns estudiosos declaram que a morte é o principal tabu dos tempos modernos; procura-se viver como se ela não existisse.

Mas é preciso falar, conversar e se abrir sobre a transitoriedade da vida. No debate de hoje, vamos ter uma conversa honesta e verdadeira com três mães sobre a dor e a angústia de perder um filho. Uma conversa sobre a morte! Falar sobre a perda, mesmo em meio ao sofrimento, é falar da vida, da esperança e da certeza da presença com Deus.

Quando o filho perde os pais, fica órfão. Quando um marido perde a esposa, fica viúvo. Mas a dor é tão grande, que ainda, não conseguiram criar um nome quando os pais perdem seus filhos... Parece que tudo desabou e a vida não faz mais sentido.

PERGUNTAS:

Pra começar o nosso bate papo, eu queria ouvir um pouco da história de cada uma aqui presente.

É possível superar a perda de um filho, ou é um vazio que nunca poderá ser reparado?

Muitos que perdem pessoas amadas precisam encarar a dura realidade de um recomeço. Principalmente uma mãe que perde seu filho, pode ter sua vida completamente afetada pelo luto. É como se nada tivesse graça. É a culpa de se alegrar, culpa por obter novas conquistas, que não serão vistas por quem se ama. Mas ter a vida paralisada não é o que Deus quer pra ninguém. A vida não será mais a mesma, de fato, mas o Senhor prometeu estar presente para nos consolar, nos amparar, todos os dias. Como foi, pra vocês, o "seguir em frente"?

Por último, gostaria que vocês dessem um conselho a pessoas que estão vivendo o luto. Talvez, o conselho que vocês dariam a si mesmas, que podem fazer a diferença neste momento de dor tão profunda.

 

Segundo bloco e conclusão:

A certeza de que a morte vai chegar deve nos levar a “colocar a casa em ordem”. Isso pode significar rever nossa escala de valores, valorizar os relacionamentos, fazer as pazes com o passado, perdoar, pedir perdão, viver com mais leveza e alegria. Levar a morte a sério nos livra da insensatez de viver como se fôssemos eternos.

A percepção de que não podemos escapar da morte nos humilha e coloca em evidência nossa incompetência para vencê-la. Humilhados, reconhecemo-nos dependentes do nosso Criador. Libertos de falsas esperanças, buscamos a única esperança: Jesus Cristo!