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19/05/2017

O cristão deve participar de intrigas nas mídias sociais?

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O cristão deve participar de intrigas nas mídias sociais?

Qual é a última coisa que você faz antes de dormir? E a primeira, ao acordar? Não será motivo de espanto de a resposta for "checar o celular". Que a tecnologia tem muitos pontos positivos, a gente sabe. Podemos nos comunicar com maior rapidez com pessoas que estão longe, seja por mensagens, por ligações e até por vídeo-chamada, o que pode adiantar o trabalho, matar a saudade da família e amigos ou mandar um recado rápido para alguém. Podemos checar o clima, o caminho com menos trânsito, ter acesso a notícias em tempo real e tantas outras vantagens que o smartphone nos proporciona diariamente.

O celular com internet também aumentou consideravelmente o tempo que passamos conectados em redes sociais. Compartilhar tudo, a todo instante, já se tornou parte da rotina daqueles que usam o Facebook, Twitter e Instagram. Hoje em dia, é muito difícil encontrar alguém que não poste a foto do prato de comida de um restaurante bacana, ou publique o registro de uma viagem nas redes sociais. Para esta geração que está sempre conectada, não compartilhar nas redes sociais é o mesmo que não ter ido ao restaurante ou viajado. Acontece muitos têm a sensação de que estão protegidos na internet. Como só se compartilha aquilo que convém, como, por exemplo, fotos do melhor ângulo e mensagens bonitas, com frases de efeito, ou seja, por se ter o controle daquilo que se expõe, tem-se a ilusão de que o que acontece na internet não influencia o mundo real.

Qualquer um pode dar opinião sobre qualquer assunto. Qualquer um tem coragem de dizer qualquer coisa, ainda que não tenha domínio total do assunto em questão. Na internet fica muito mais fácil opinar, criticar, ofender, hostilizar... isto, porque não tem contato físico, não tem olho no olho e, por causa disso, muitas amizades de anos tem sido desfeitas.

No último final de semana, o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois, trouxe uma nota que fala deste rompimento digital com o título de "O demônio da rede" e destacou que quatro em cada dez brasileiros perderam a amizade pelas mídias sociais. Ainda no último final de semana, em sua coluna de opinião, o presidente do jornal Diário do Vale, Aurélio Paiva,  também abordou o assunto. Aurélio mencionou uma série de discussões que nunca têm fim na internet, como Fla x Flu, Lula x Moro, direita x esquerda, e comparou com uma guerra civil, considerando que as mídias sociais de transformaram em um instrumento de uso simples para o linchamento público.

Este é o tema do Debate 88 desta semana, vamos falar sobre comportamento digital, a maneira com que agimos na internet e seus reflexos no "mundo real". Você já perdeu amizades por causa da internet? O cristão deve participar de intrigas nas mídias sociais? Qual é o exemplo que temos deixado na internet?