Quando os filhos chegam à adolescência, muita coisa muda na relação com os pais. Nesta fase de transição, eles acham que a noção que têm da vida é suficiente para se guiarem. Acham que suas opiniões são absolutas, em outras palavras, acham que sabem de tudo. Em muitas famílias, este relacionamento fica bem conturbado neste período. Os jovens pensam em liberdade e o sonho da maioria é completar 18 anos, com objetivo de alcançar a independência dos pais.
De fato, perante à sociedade, a vida de quem faz 18 anos muda bastante. A maioridade é sinônimo de independência, como dirigir, entrar em lugares, participar de eventos, sem a presença de responsáveis, viajar para o exterior desacompanhado, sem precisar de autorização, ou assistir filmes de todas as classificações indicativas, por exemplo. Mas a idade também aumenta a responsabilidade do quase-adulto. Os meninos devem se alistar ao exército, filhos de pais divorciados podem perder a pensão, perante a lei, passa a responder pelos seus atos, além de ser uma idade em que muitos começam a trabalhar para garantir a própria renda.
Em resumo, fazer 18 anos exige certa responsabilidade do jovem, mas a maioria dos que completam a idade não tem total maturidade para assumir tantas tarefas que adultos têm. É por isso que essa fase é tão complicada: não se trata de uma criança, mas ainda não dá pra considerar que é um adulto. Essa fase “quase adulta” traz uma série de questionamentos. É hora de decidir o futuro acadêmico, futuro profissional e através disso surge também as brigas com o argumento de que os pais não podem mais interferir em suas vidas. Mas será que os pais perdem realmente o controle quando os filhos chegam à maioridade?
Perante à sociedade, os filhos passam a ter mais responsabilidades ao completarem 18 anos. Como isso funciona nas famílias cristãs? Se meu filho, maior de 18 anos, não quer mais ir à igreja, devo obrigá-lo a ir, ou perco este direito, a partir do momento em que ele se tornou adulto?